Conversa na aldeia by Sandra Borges
BIOGRAPHY
SCULPTURE
TITLE: Conversa na Aldeia
AUTOR: Sandra Borges
SIZE: 190H x 150W x 150L
MATERIAL: Calcário Semí-Rijo do Codaçal
YEAR: 2021
PT_ Nasce em 1979 em Lisboa. Embora o seu trabalho tenha passado por várias experiências formais na busca de uma linguagem própria, a preocupação base mantém-se: partindo da observação dos comportamentos do quotidiano, a escultora procura as características que definem a identidade cultural e individual e em como o balanço entre estas duas facetas é integral para a definição de uma identidade. Trabalha actualmente em atelier próprio em Sintra e trabalha pontualmente como assistente para vários artistas plásticos.
PT_ Esta peça pertence a uma série de esculturas cuja linguagem se inspira na economia de meios visuais empregues pelos artistas de cartoon como Quino e Mordillo na comunicação de uma ideia ou discurso. Formalmente, esta série pede emprestado a uma forma de comunicação mais recente – os emojis – a utilização do rosto humano nos seus elementos fundamentais – os olhos, nariz e boca – para convir uma determinada emoção ou intenção.
A intenção é a de criar um contexto onde a escultura apresenta ao observador um determinado conceito ou discurso que pode ser interpretado de diferentes formas pelo observador, embora balizado pelo pathos representado. Estes vários níveis de significação provém tanto da relação do objeto com o espaço, de como é disposto ou apresentado, mas também pela interpretação da expressão facial, forma de comunicação não verbal que é tão necessária ao ser humano ao ponto de ter havido a necessidade de criar um léxico específico para preencher as lacunas da escrita nas interações quotidianas actuais.
No caso particular desta peça, formalmente pede emprestado à paisagem rural a divisão dos campos em pequenos cercados de pedra. Estas divisões albergam as figuras/cabeças que ocupam, se comprimem e extravasam para fora do espaço exíguo, isolando-se ou estabelecendo relações entre elas, consoante o ângulo de visão. É um elogio à capacidade humana de estabelecer comunidades que, sem solidariedade, não conseguiri a ultrapassar as dificuldades com que se defronta, quer sejam de natureza topográfica, social ou pandémica.
ENG_ Born in 1979 in Lisbon. Although her work has gone through several formal experiences in the search for her own language, the basic concern remains: starting from the observation of everyday behavior, the sculptor looks for the characteristics that define cultural and individual identity and how the balance between these two facets is integral to the definition of an identity. She currently works in her own studio in Sintra and occasionally works as an assistant for various visual artists.
ENG_ This piece belongs to a series of sculptures which language is inspired by the economy of visual means employed by cartoon artists such as Quino and Mordillo in the communication of an idea or discourse. Formally, this series borrows from a more recent form of communication – the emojis – the use of the human face in its fundamental elements – the eyes, nose and mouth – in order to convey a certain emotion or intention.
The intention is to create a context where the sculpture presents the observer with a certain concept or discourse that can be interpreted in different ways by the observer, although marked by the pathos represented. These various levels of meaning come both from the object’s relationship with the space, from how it is arranged or presented, but also from the interpretation of facial expression, a form of non-verbal communication that is so necessary to human beings to the point that there was a need to create a specific lexicon to fill in the writing gaps in today’s everyday interactions.
In the particular case of this piece, it formally borrows from the rural landscape the division of fields into small stone enclosures. These divisions house the figures/heads that occupy, compress and spill out of the cramped space, isolating themselves or establishing relationships between them, depending on the angle of view. It is a compliment to the human capacity to establish communities that, without solidarity, would not be able to overcome the difficulties they face, whether of a topographical, social or pandemic nature.